domingo, 30 de agosto de 2015

A sofrência do Jet Lag



Muita gente pensa que jet lag é aquele inchaço nas pernas devido à má circulação do sangue por ficar horas sentado no avião. Não, ledo engano. Se fosse só isso, iria se chamar jet leg.

Só quem experimentou uma viagem realmente longa, passando por vários fusos sabe do que estou falando. 

Estou recentemente tentando me recuperar da minha última viagem, depois de ter experimentado esse incômodo há apenas 3 semanas. E a volta está sendo bem pior.

Andei lendo sobre como lidar bem com esse fenômeno biológico, que realmente mexe com o corpo da gente, desestrutura toda a sua rotina na primeira semana e te faz sofrer.

Ó, ó, quanto sofrimento, alguém vai ironizar. É, pode ser um sofrimento menor, mas é sofrido de qualquer jeito. Parece que você voltou de uma balada monstro e não consegue se recuperar.

Os meus sintomas foram dores de cabeça, sono incontrolável à tarde, insônia às 2 da manhã, náuseas, dores no corpo, fadiga extrema. Enfim, um mal estar generalizado.

Se você acha que é saudável o suficiente pra passar sem esse efeito, não se engane. Se você é humano, vai acontecer com você. Eu achava que era frescura. Minha família está achando que é frescura. Não, não é. Oh, sofrência.

Tentei de tudo: me hidratar, fazer caminhada à tarde, comer comida fresca e saudável, não tomei bebida alcoólica. Mas, tô na sofrência ainda.

Li em algum lugar que viajar em direção ao leste é pior. Acredito que sim, pois ao viajar para a Austrália me recuperei em 4 dias. Voltando ao Brasil, já faz 7 dias e ainda perco o sono de madrugada e sinto náuseas durante a tarde. Nem to dirigindo no final do dia, porque o sono é realmente incontrolável, parece que tomei sonífero.

gatos,sono,dormir

E pra completar o jet lag, as companhias aéreas não aliviam nem um pouco a sua viagem. No último trecho em direção à São Paulo eu já não queria mais nem ver a comida do avião. Só comi um pãozinho com manteiga e um suco.

Fora o fato que, por não ter vôo direto entre Brasil e Austrália, na volta, se você vier do Chile, os passageiros que embarcam com você vindos desta cidade, mesmo descansados, não vão facilitar e não querem nem saber se você está cansado. Se vêem que você pediu pra marcar poltronas vazias ao seu lado, depois que o avião decola eles vão querer ocupá-las. E mais uma vez você vai perder a chance de esticar suas pernas ou tirar um cochilinho mais à vontade.

Não estou reclamando, até porque a viagem foi maravilhosa. Mas, ainda não inventaram um meio de viajar de classe econômica sem sofrer. Mas, sendo pobre viajando de econômica ou rico viajando de primeira classe, do jet lag você vai sofrer. Ah, vai.

sábado, 29 de agosto de 2015

Dicas para quem vai para a Austrália

Decidi compartilhar algumas dicas para quem vai para Sydney, seja para estudar, trabalhar ou somente passear.
É certo que a grande maioria dos brasileiros vai para a Austrália com o intuito de estudar e trabalhar, mas apesar da distância, sempre tem quem vá apenas a passeio.
Eu passei 3 semanas estudando, mas encontrei uma família no avião que, acreditem, ficou apenas 1 semana na Austrália!
Como eu resolvi viajar para a Austrália a apenas 1 mês antes do embarque, acabei não pesquisando muito sobre Sydney. Mas, apesar disto deu tudo certo e não tive nenhum contratempo.
Como todo mundo gosta de uma lista, vou listar 10 itens que acho que podem ajudar.

1 - Dinheiro

Comece a comprar dólares australianos com antecedência, pesquisando todos os dias a flutuação do câmbio. Faça uma conta de quanto pretende gastar, incluindo despesas diárias de transporte e alimentação. Não deixe para comprar dólares na Austrália. Ao contrário dos Estados Unidos e alguns países da Europa, não vi nenhuma casa de câmbio que aceitava moeda brasileira. Em Sydney só encontrei um local que aceitava reais, mas cobravam uma taxa absurda de câmbio. Dentro do HSBC da George Street, na altura de Chinatown, tinha uma casa de câmbio Travelex que aceitava trocar reais.

2 - Acomodação

Já vi muita gente reclamando de Homestay. Eu escolhi ficar numa república de estudantes na City, ou Student House, mais precisamente em um local chamado Link 2. Se você gosta de dormir cedo, não fique nesse lugar. O apartamento fica em cima de um bar e costuma ser bem barulhento até as 4 da manhã. Agora, se você for baladeiro vai gostar.

3 - Transporte

O transporte público é muito bom. Você consegue sair do aeroporto de trem por uma bagatela que varia de 15 a 17 dólares se sua mala não estiver pesada. Se optar por usar o Opal Card, uma espécie de bilhete único, tem a vantagem de andar de graça nos finais de semana, caso utilize o cartão de segunda a quinta-feira.
O pagamento com cartão funciona com um sistema chamado tap on/tap off. Você passa o cartão no totem que faz a leitura quando entra na estação ou nos ônibus e na saída faz a leitura novamente, quando é cobrada a tarifa. Esse sistema permite calcular o valor com base na distância percorrida. Se esquecer de pagar, pode ser pego na próxima viagem pelos cobradores que passam com uma maquininha verificando os cartões dos passageiros.

4 - Comer e beber

Não é muito barato comer em Sydney. Caso não goste de cozinhar, dá pra comer fast food ou comida asiática por até 10 dólares. Mas, se optar por preparar sua própria refeição, a cidade tem grandes redes de supermercados como o Woolworth´s, Cole e Aldi. Sendo este último o que acredito terem os melhores preços.
Ao ir ao supermercado pela primeira vez pode estranhar na hora de pagar. São poucos os checkouts que possuem atendentes, e muitos terminais de auto serviço para pagamento. Aos finais de semana, só o auto atendimento funciona. Você passa a mercadoria pelo leitor de código de barras, escolhe a forma de pagamento na tela e paga. Não tem segredo.
Pra quem é pão duro, dica de ouro: existe um mercado chamado Paddy's Market, próximo à Central Station. Funciona de quarta a domingo. Aos domingos, no final da tarde, eles fazem um saldão de hortifruti vendendo tudo por um dólar. Dá pra economizar uma graninha na hora de preparar a marmita.
Ah, e como uma chocólatra inveterada eu não poderia deixar de comentar: chocolate da Lindt na Austrália não custa o fígado e dá pra manter o vício em grande estilo.
Se você gosta de uma cervejinha, não é na Austrália que você vai se esbaldar. A bebida é cara. Uma tulipa custa em torno de 6 dólares. Se você ganha em dólar, tudo bem. Mas, se vai gastar em real aí complica.

5 - Cosméticos

Essa dica é pra mulherada que gosta de se arrumar e não desce do salto.
O melhor lugar que encontrei na cidade pra comprar cosméticos foi a Priceline. Mas, perde feio pra Ikesaki de São Paulo, em preço e variedade.
Fui comprar acetona e esmalte e quase infartei. Esmalte a 15 dólares e acetona 4 dólares. Fazer a unha em salão, então, nem pensar. Manicure varia de 27 a 40 dólares. Vai vendo.
Portanto, se quiser se manter arrumada em Sydney, melhor levar um kit sobrevivência de casa.

6 - Passeios

Tem muito passeio bom, gratuito e que dá pra ir de transporte público. Portanto, não feche nenhum passeio antes de pesquisar se consegue ir sozinho. Existem pontos de informação para turistas espalhados pela cidade. Você consegue identificá-los por uma placa azul com um 'i' minúsculo bem grande em amarelo. O da Central Station tem vários vouchers de desconto, caso queira fazer passeios pagos, mais caros.

7 - Compras

Sydney não é o paraíso das compras, mas dá pra economizar em alguns itens como câmeras e eletrônicos devido ao câmbio ser menor do que o dólar americano.
Uma dica para quem gosta de fotografia e esqueceu de levar a máquina. Encontrei no shopping Brodway uma loja que aluga máquinas fotográficas por volta de 20 dólares a semana.

8 - Clima

Apesar da temperatura em Sydney não ter grandes variações como em São Paulo, existe uma pequena grande diferença: o vento. O vento gelado no inverno é de matar. Blusa de lá não resolve, tem que ser um tecido que corte o vento. E tem que usar acessórios como luva, gorro e cachecol pra sair na rua, não pra manter o estilo, mas porque senão virá picolé.
Outra diferença que percebi é o clima ser mais seco. Talvez por isso os australianos pareçam ser mais velhos do que na verdade são. Tem que se hidratar, tomar muita água e passar hidratante pra não virar ameixa.

9 - População

Sydney não é tão cheia como São Paulo. Em Sydney você vai ver mais imigrantes do que aussies e a grande maioria de chineses. Em lojas e nas ruas vai ouvir vários sotaques diferentes. a região central é aonde mais se concentram os imigrantes. Chinatown, então, é um pedacinho da China na Austrália. Os chineses são um pouco rudes e não muito amigáveis. Os indianos idem. Mas, a colônia de brasileiros também é bem grande e invariavelmente você vai acabar fazendo amizade com nossos conterrâneos que moram por lá.

10 - Esportes

A Austrália incentiva muito o esporte. Tem muitas piscinas públicas aquecidas e muito boas. Pena que não consegui usar, pois o tempo foi curto.
Se gosta de surf, mas não sabe surfar, aulas por lá são bem comuns.

Vou parar por aqui, mas se tiver mais alguma coisa que valha a pena comentar, mando em outro post.
Beijos!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Dicas de Viagem

Resolvi fazer uma lista de 10 dicas de viagem para quem vai para o exterior. Assim como qualquer outra, não pretende ser definitiva e está aberta a sugestões e críticas.
Como dizem, a gente só aprende errando e, muitas das dicas abaixo aprendi mais dando cabeçada do que pesquisando. Porque, afinal, como boa brasileira, acabo deixando pra última hora e nem sempre consigo antecipar todas as situações.
As dicas são basicamente de economia, de tempo ou dinheiro. Vou deixar pra outro post dicas de lugares e passeios.

1 - Planejando a viagem

Sei que planejamento dá trabalho, mas não precisa ir ao extremo de fazer um cronograma Gantt com Rede Pert-CPM (rsrsrsrs, depois explico pra quem não entendeu), mas uma pesquisa e uma planilha de custo pode ajudar (e muito!) a economizar pelo menos pra comprar as lembrancinhas. Antes de escolher uma agência de viagens X ou Y, faça você mesmo uma simulação de compra de vôo com milhas, hospedagem, passeio, transporte, compras, etc.

2 - Moeda

É, o real tá uma lástima se comparado a dólar e euro, mas se você quer muito fazer uma viagem internacional para algum destino de moeda cara, uma pesquisa de câmbio pode fazer você economizar uns bons trocados. Os bancos costumam ter melhores taxas do que as casas de câmbio, mas como toda regra tem exceção, melhor confirmar. Outra questão é que algumas casas de câmbio estão atreladas a programas de milhagem. Fazer essa comparação de ganho na hora da compra também é interessante se você costuma viajar com frequência. Afinal, milhas valem dinheiro.
Outra questão é o montante que você vai levar na viagem. A planilha do tópico anterior pode ajudar a definir os gastos e consequentemente definir o quanto deve comprar de moeda antes de viajar.

3 - Passagem aérea

Além da já manjada variação de tarifa de acordo com a época do ano, existe diferença conforme o perfil do viajante. Se você vai estudar ou fazer voluntariado fora do país, pode conseguir um bom desconto. Vale a pena pesquisar as diferenças tarifárias direto nas companhias aéreas ou com seu agente de viagens.

4 - Acomodação

Ah, esse tópico é muito abrangente porque depende muito do perfil de quem está viajando. Existem muitas outras opções além de hotéis. Hoje em dia, pela internet, existem formas alternativas como os home swaps ou troca de casa, se você for o proprietário e estiver disposto a deixar alguém usar o seu lar durante sua estadia fora do país.
Mas, a opção mais barata de todas pode ser o couchsurfing, uma forma de hospedagem em que alguém empresta um lugarzinho pra você ficar, desde o sofá da sala até um quarto com cama. Nunca tentei, mas parece ser seguro.

5 - Passeios

Se a grana tá curta, antes de se aventurar pelo mundo, faça uma lista dos passeios gratuitos do local que vai visitar. Muitas cidades possuem opções de lazer melhores que os grandes cartões postais, sendo algumas fixas e outras sazonais. Dá pra ser um viajante muquirana ou pobrinho no exterior e ainda assim ser feliz! :-)

7 - Transporte

Ah, esse também é um item bem genérico, pois cada local tem sua particularidade. Tem cidades que o transporte público é muito bom e barato, em outras, os táxis compensam. Regra geral, não hesite pesquisar antes de chegar ao destino, até mesmo para traçar um roteiro e prever o quanto vai gastar nesse item. Graças a internet, pesquisar as redes de transporte das grandes cidades é muito tranquilo e descomplicado.

6 - Compras

Ah, as compras. Se conseguiu economizar uma boa graninha até aqui, então dá pra gastar um pouquinho mais nos souvenirs. rsrsrsrs
Uma boa dica, que acho que muitos já sabem, mas vale a pena frisar, é que você consegue reaver o valor pago dos impostos pagos no exterior antes de voltar pra casa. Pra isso, ao fazer compras caras, você preenche um formulário na loja aonde está adquirindo o bem, com a contra apresentação do passaporte e recebe o reembolso ao apresentar essas compras no aeroporto antes de embarcar de volta. Olha só! Sobrou dinheiro de novo pra gastar no Duty Free!

7 - O aeroporto

Aquele lugar que você não dá muita importância até passar pelo primeiro perrengue. Pois é, pode ser uma experiência não muito boa se você não der a devida atenção a esse tópico que eu diria, um tanto quanto delicado. É a parte que parece menos importante da viagem, mas por pior que seja, você vai ter que passar por essa experiência se quiser ir para o exterior.
Esse item daria um post específico, mas vou tentar resumir algumas dicas. Vou pular aquelas já manjadas do tipo chegar cedo pra fazer check-in, evitar ir carregado de acessórios metálicos pra não ter que se despir no detector de metais, etc.
Vou dar uma dica pra quem vai fazer conexão. Ninguém se lembra de planejar esse ponto até passar por isso. Se você vai fazer conexão em outro país e essa conexão demorar algumas horas, leve um pouco de moeda local. Explico: se a moeda local for menor do que a sua e você precisar consumir alguma coisa e for pagar com cartão, vai pagar caro, pois a moeda do cartão é o dólar americano. Se for trocar dinheiro no aeroporto, vai perder tempo e também dinheiro pela pouca escolha de taxa de câmbio. Outro ponto a considerar: a espera pode ser longa e cansativa e você nem sempre poderá sair do aeroporto. Então, procure saber se você tem direito a alguma sala vip ou lounge dos aeroportos. Caso não tenha, pesquise o custo de se usar uma sala dessas para tirar um cochilo, fazer uma refeição, usar o wi-fi e até tomar um banho. Vai por mim, parece frescura, mas esse conforto às vezes é necessário.

8 - Roupas confortáveis

Minha gente, dá pra ser fashion sem sofrer ou dá pra ser confortável sem usar croc. Sim, já vi gente no vôo com esse calçado que não fica bem nem em criança. Pense que em viagens longas suas pernas e pés podem inchar. E, por favor, pelo bem geral da humanidade, cuide do odor dos seus pés se pretende tirar os sapatos assim que o avião estiver no ar. Deveria ter multa pra quem tem chulé e insiste em viajar descalço. Perdoem o desabafo, mas nem todo mundo que tem dinheiro tem educação.
Ah, é, era pra ser uma dica de economia. Hum, vamos ver. Fiz isso na última viagem e deu certo: se você não vai pra Miami e quer levar mala com suas próprias roupas, procure levar roupas confortáveis e descartáveis. Descartáveis? Sim, sabe aquela roupa que você enjoou e pretende usar só mais uma vez? Então, quando estiver no seu destino de viagem, você vai querer comprar roupas novas, vai por mim. Aí, aquelas 'descartáveis' você pode doar a alguém do local e sobra espaço na mala pras roupas novas.

9 - Vistos

Quase ia me esquecendo desse item. O brasileiro tem o costume de usar despachante para resolver questões burocráticas. É cômodo, mas se você for muquirana e tiver tempo, dá pra fazer sozinho tranquilamente, sem traumas. Pesquise nos sites dos consulados sobre os vistos dos destinos escolhidos. Dependendo da sua cidadania e do local que vai visitar, você consegue tirar vistos online sem custos.

10 - Comunicação

Essa é manjada, mas por que não frisar?
O wifi e as redes móveis de internet hoje em dia são tão necessárias quanto tomar água ou ir ao banheiro. rsrsrsrs...exagero, mas é verdade.
Antes de contratar um roaming, pense na possibilidade de comprar um chip (simcard) no local do destino.
E não se intimide em pedir wifi. Muitos estabelecimentos oferecem de graça, mas não divulgam. Em alguns locais dá pra usar aplicativos de procura de wifi, também pode ser uma boa opção.

Como disse, seriam só 10 dicas, mas tem muitas mais que podem ser listadas e ficam, então, pra outro post.

Beijos e boa viagem!

Austrália

Três semanas na terra dos cangurus (e quase volto sem ver os cangurus) e voltei com aquela vontade enorme de voltar e ficar por lá (o que muitos brasileiros têm feito ultimamente).
Fiquei em Sydney e aproveitei para estudar inglês também. Apesar do tempo tão curto, deu para dar uma desenferrujada no idioma.
Infelizmente fui com visto de turista, o evisitor. Tivesse ido com visto de estudante teria ficado por lá, mesmo. Com visto de estudante é possível trabalhar por 40 horas a cada 2 semanas, o que ajuda e muito nos custos, que são bem altos para viver por lá. Diria que não muito mais alto em comparação a São Paulo, mas talvez pelo fato de nossa moeda estar mais fraca nesse momento. Porque, se ganhar em dólar, não fica assim tão absurdo viver em Sydney.

Vista da Pylon Lookout

Como tenho muita coisa pra contar dessa cidade que me encantou e me fez ficar apaixonada, vou dividir a viagem mais posts, assim não fica cansativo, nem para eu escrever nem para quem irá ler e ainda vou dar umas dicas para economizar uma graninha quem tem interesse em viajar para lá.



A cidade é muito segura, tem câmeras de segurança espalhadas por todas as ruas e raramente vemos policiais fardados, a não ser que estejam desconfiados de alguma coisa. Ouvi dizer que muitos andam a paisana, o que acho menos repressivo. A sensação de segurança é realmente grande.


O transporte público também é muito bom e a cobrança é mais democrática que em São Paulo. Paga-se proporcionalmente pelo trecho percorrido, portanto não existe tarifa única. Os trens são melhores que os ônibus, mais limpos, mais pontuais e os horários de toda a rede de transporte podem ser acompanhados por um aplicativo no smartphone, a rede do Opal Card.


Estudar em Sydney também é uma experiência única. E não vá pensando que só vai encontrar aborrecentes mimados. Muito pelo contrário! Fui estudar lá agora com 45 anos e tinha uma colega de classe com 65 anos! Uma senhora muito elegante e gente finíssima. Mas, a grande maioria é de jovens lindos na faixa entre 20 e 30 anos. Lindo por dentro e por fora. Nunca encontrei tanta gente bonita, inteligente e de bem com a vida como em Sydney. Tenho uma teoria de que ou a cidade atrai só gente desse tipo ou a cidade transforma as pessoas que para lá viajam. É, tô deslumbrada mesmo. Nunca pensei que com 45 anos alguma coisa ainda me surpreenderia de forma tão positiva!


Sydney também surpreende pela quantidade de gruas que vemos espalhadas pela cidade. Um verdadeiro canteiro de obras a céu aberto, o que está dando emprego a muitos imigrantes que topam trabalhar como labourer, um serviço pesado, porém financeiramente compensador. Mas, apesar das grandes obras, como a do Exhibition Center, a cidade não trava como em São Paulo, tudo flui de forma muito organizada. Não vemos entulho de obras espalhados em caçambas ou caminhões betoneira atrapalhando o trânsito.


Ah, vontade de trabalhar na Lendlease, a maior construtora que vi por lá. Sonho, meu...


Outro ponto positivo em Sydney é a comida. Não chega a ter tanta variedade de restaurantes como em São Paulo, mas também não é tão restrito de boas opções baratas e boas como em Londres. Fiquei hospedada perto de Chinatown, aonde a comida asiática impera, com restaurantes chineses, tailandeses, vietnamitas, japoneses e por aí vai. Mas, na dúvida, vá de 'fish and chips'. A Austrália não tem um prato típico, a não ser pela carne de canguru servida em alguns restaurantes e vendida em açougues e supermercados. Peixes e frutos do mar também são encontrados em grande variedade. No geral, dá pra comer bem sem terror, tem muitos fast foods como em qualquer cidade grande, com grandes redes como MacDonalds e Subway, a mexicanos, kebarias, etc, mas uma boa variedade de restaurantes, muitas cafeterias e pubs.


Bebida no geral também é cara, exceto pelos vinhos que achei bem em conta em supermercados. Uma cerveja custa 6 dólares australianos e uma cidra de 8 a 9 dólares nos pubs. Refrigerante custa em torno de 3 dólares. Mas, como tudo é relativo, se você vai gastar seus reais, realmente é caro, ganhando em dólar australiano nem é tanto assim. Fazendo essa comparação, São Paulo acaba sendo uma cidade mais cara pra consumo.


Outro ponto forte são as praias. Não conheci muitas, então não deu pra fazer um paralelo com as praias brasileiras. Conheci somente Bondi, Coogee e Avoca. Mas, mesmo no inverno, estão sempre cheias de surfistas. A faixa de areia das praias é bem diferente. Não vemos vendedores ambulantes e nem barracas de bebidas. Tudo muito clean pro gosto do brasileiro, mas para dizer a verdade, eu prefiro assim.




E, como não poderia deixar de falar dos cangurus, não muito queridos pelos aussies, mas muito procurados por turistas como eu!
Fofos demais, gente. Pelo macio como de um coelho e super amigáveis quase como os cachorros. Tudo bem que para atraí-los pra perto você tem que oferecer uma cenourinha picadinha, mas apesar da corrida assustadora que eles dão na sua direção quando vêem comida, rsrsrs, são bem bonzinhos, não fazem barulho algum e até o cocô é igual ao dos coelhos! kkkkkkk

Cangurus no parque Morisset